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quinta-feira, 11 de abril de 2019

A IMPORTANCIA DA PARCERIA ENTRE FAMILIA E ESCOLA NO ENSINO INFANTIL


FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS


A IMPORTANCIA DA PARCERIA ENTRE FAMILIA E ESCOLA NO ENSINO INFANTIL

Adriana Moyses Barros¹


RESUMO

Este estudo traz uma reflexão sobre a importância da participação da família no processo educativo dos estudantes. Conscientes da necessidade de se formar cidadãos de forma integral, preparados para viver na sociedade desigual que temos, é que resolvemos desenvolver essa pesquisa. O presente artigo teve como objetivo apresentar a visão de outros autores sobre a função da escola e da família, na formação da criança e do adolescente, e qual a importância de que haja uma parceria entre essas duas instituições para que essa formação seja positiva. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, Com o estudo realizado se pretende comprovar que a família e a escola são as duas instituições mais importantes na vida do ser humano, sendo assim precisam trabalhar juntas visando a melhor qualidade na formação das crianças e adolescentes, assim como mostrar que nas escolas dos municípios mais afastados essa relação também é importante e deficiente como em qualquer outra escola dos grandes centros urbanos.


Palavras-chave: Criança. Família. Escola. Parceria. Ensino Aprendizagem




Professor de Educação Infantil Na rede municipal de educação em Rio Branco Acre - Educação Infantil




1 INTRODUÇÃO

O primeiro contato social da criança é com sua família e sendo a escola o segundo, por isto as duas devem estar preparadas para oferecer uma base segura, com valores definidos, e articuladas de forma a mostrar a criança o melhor caminho.
No entanto sabemos que as duas instituições passaram e ainda estão passando por mudanças drásticas, tanto em seu formato quanto em seus princípios, e a criança está no centro dessas mudanças, como alguém que faz parte, mas não como a peça principal, sendo que todas as mudanças teriam que ser voltadas para o bem estar das mesmas. A realidade é outra, a criança quem estar tendo que se adequar a essas mudanças e compreender todo esse processo.
É notório que a família e a escola precisa trabalhar juntas, estabelecer laços de afinidade e afetividade, viver em sintonia, tendo as mesmas metas e objetivos em torno da formação das crianças.
A nossa Constituição Federal, promulgada em 1988, no seu Artigo 227, ressalta que:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração e opressão. (BRASIL, 1988, p.148).

Essa relação família e escola é necessária para que se garante direitos básicos da criança, e como está assegurado na Constituição Federal, a criança e adolescentes deve ser prioridade absoluta, e sempre ser colocados a salvo de qualquer que seja a situação que possa ferir sua integridade ou desrespeitar seus direitos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente e convenções, no Capítulo III, Seção I, no seu Artigo 19, afirma que:
Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. (BRASIL, 1990, p.8).

Ou seja, é obrigação da família a educação dos filhos, garantindo essa aprendizagem também no seio familiar.
Também o estatuto da Criança e do Adolescente e convenções, em seu capítulo IV, artigo 53, parágrafo único, ressalta que:
É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. (BRASIL, 1990, p.23).

Os pais precisam estar preocupados com a educação dos filhos em casa e na escola, no entanto como vimos na citação acima a escola deve proporcionar aos pais momentos para que tenham acesso ao que a escola tem como proposta de ensino, bem como conhecer o trabalho pedagógico que está sendo desenvolvido pelos professores e coordenadores. A escola deve manter os pais informados de seus princípios e fundamentos.
Ainda no Estatuto da Criança e do Adolescente e convenções, em seu capítulo V, artigo 129, que propõe medidas aplicáveis aos pais ou responsáveis, diz que cabe a estes a:

Obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar. (BRASIL, 1990, p.65).

O referido artigo teve como principal preocupação analisar a importância da relação família e escola para o aprendizado do aluno tendo como foco a escola.
O principal objetivo deste trabalho foi reconhecer a função da família e da escola como instituições sociais, e sua importância no processo de ensino e aprendizagem das crianças e adolescentes e na sua formação integral.
No entanto essa pesquisa ainda possibilitou:
• Conhecer o que diferentes autores pensam sobre a função da escola e da família na vida das crianças e adolescentes;
• Analisar a importância da relação família e escola para a educação de crianças e adolescentes;
• Perceber como é a relação da família e da escola;
• Identificar como acontece a participação dos pais no processo de ensino e aprendizagem dos filhos na escola;
• Conhecer o que a escola pode fazer para garantir essa relação com a família, tornando os pais seus parceiros.
A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica sobre o qual afirma Gil, 1999:
Pesquisa Bibliográfica: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. (GIL, 1999, pag.65 Apud FERREIRA e TAVARES, 2009, p. 188).


2 FUNÇÃO DA ESCOLA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Desde cedo ouvimos falar que é na escola que aprendemos, é na escola que temos acesso aos conhecimentos sistematizados e organizados.
Neste sentido a escola serva para:
• Transmitir os conteúdos sistematizados;
• Levar o aluno a entender sua realidade, e perceber o que pode fazer para transforma-la e contribuir para sua melhoria;
• Contribuir para formação da criança e adolescente preparando-o para a vida em sociedade e para o mercado de trabalho.
Neste sentido Saviani afirma que:
A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir dessa questão. Se chamarmos isso de currículo, poderemos então afirmar que e a partir do saber sistematizado que se estrutura o currículo da escola elementar. Ora, o saber sistematizado, a cultura erudita, e uma cultura letrada. Daí que a primeira exigência para o acesso a esse tipo de saber e aprender a ler e escrever. Além disso, e preciso também aprender a linguagem dos números, a linguagem da natureza e a linguagem da sociedade. Está aí o conteúdo fundamental da escola elementar: ler, escrever, contar, os rudimentos das ciências naturais e das ciências sociais. (Saviani,1995, p. 19).

Portanto a função social da escola é preparar, formando os cidadãos que possam contribuir com a transformação da sociedade, conhecendo seus direitos e deveres, respeitando seus valores e princípios.
Freire (2000) contribui com a discussão ressaltando que:
A função da escola é proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas tem o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. Esta função socializadora nos remete a dois aspectos: o desenvolvimento individual e o contexto social e cultural. (FREIRE, 2000. p. 132, apud por SILVA, AGUIAR, XAVIER, OLIVEIRA e NEVASCO, 2005. p. 33).

A escola possui então uma função social de suma importância na vida das crianças e adolescentes e apesar de todas as mudanças e transformações ainda continua sendo a única instituição responsável por transmitir os conhecimentos sistemáticos, por organizar o ensino e aprendizagem e preparar os cidadãos para a sociedade.

3 FUNÇÃO DA FAMÍLIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A família não é vista como instituição social, principalmente não é entendida como responsável pelo ensino aprendizagem dos filhos, pois esta é para a sociedade uma obrigação da escola.
Porém este é um engano pois a família é a responsável por formar, educar e ensinar, a escola apenas informa, transmite conhecimentos pré-elaborados.
A lei de diretrizes e bases da educação nacional, LDB (lei 9.394/96) afirma:
"A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (LDB/1996. art. 2º).
A educação é dever da família, mas que da escola, visto que é a base familiar quem vai formar os valores e princípios e o caráter da cada um.
Tiba (2002, p. 181) diz que na escola as crianças tem tendência a gostarem mais de uma ou outra disciplina, bem como de uns professores mais que de outros, e sabemos que isto pode atrapalhar seu rendimento, e muitas vezes a escola não sabe como lidar com esse tipo de situação e os pais podem ajudar, mas para isto precisam estar cientes dessa situação, e uma família que acompanha o processo escolar de seus filhos sabe qual professor e qual disciplina seu filho gosta ou não, assim ele afirma que:

“Se os pais acompanharem o rendimento escolar do filho desde o começo do ano, poderão identificar precocemente essas tendências e, com o apoio dos professores, reativarem seu interesse por determinada disciplina em que vai mal”. (TIBA, 2002, p. 181, apud FUGÊNCIO, NASCIMENTO e MARTINAZZO, 2010, p. 5).
Realmente os pais que estão sempre conversando sobre a escola com seus filhos conhecem suas preferências e tem mais possibilidades de aconselhar e evitar transtornos comuns no dia a dia de uma escola, por causa das relações interpessoais entre alunos, ou até entre alunos e professores.
Chraim (2009, p. 26 e 27) diz que:

É na base familiar que a criança começa a construir sua real identidade, que será formada a partir das experiências e da forma como aprendeu a lidar com as informações que recebe. (CHAIM, p. 26 e 27, apud SILVA, 2012, p. 17).

A personalidade da criança é formada a partir daquilo que esta vive em seu grupo familiar, seus princípios e visão de mundo. É a família que cria na criança o pensamento preconceituoso e discriminatório, ou faz desde cedo a criança entender que somos todos iguais, com suas individualidades, que devem ser respeitadas, de acordo com suas bases.
Para Sampaio (2011, p. 74):

Antes de entrar na escola, a criança deveria receber seus primeiros estímulos em casa, tendo contato com livros compatíveis com sua idade, lego e outros brinquedos de encaixe, massa de modelar, tintas, músicas e poesias com rimas. (...) A criança deveria estar, continuamente, neste contato com objetos que pudessem ajudá-la no desenvolvimento de habilidades motoras, linguísticas, musicais, lógicas. ( SAMPAIO, 2011, p.74, Apud SILVA, 2012, p. 19).


Se realmente a criança em casa desde cedo já tivesse contato com livros e objetos educativos, certamente isto despertaria seu raciocínio, e prazer pela busca de conhecimento. Porém geralmente a família acredita que este contato só deve haver na escola, além da questão de que os pais não estão preparados para esse repasse de conhecimento, pois isto necessitaria de tempo, momentos específicos para isto e não seria fácil, nem rápido, sendo assim prefere esperar e deixar essa tarefa para quando os filhos forem a escola, por isto que cedo os pais procuram colocar seus filhos em berçários, jardim de infância, para ficarem livres e seguirem com suas vidas atarefadas.
Quanto a isto Tedesco, (2002, p. 36), afirma que:
Essa erosão do apoio familiar não se expressa só na falta de tempo para ajudar as crianças nos trabalhos escolares ou para acompanhar sua trajetória escolar. Num sentido mais geral e mais profundo, produziu-se uma nova dissolução entre família, pela qual as crianças chegam à escola com um núcleo básico de desenvolvimento da personalidade caracterizado seja pela debilidade dos quadros de referência, seja por quadros de referência que diferem dos que a escola supõe e para os quais se preparou. (TEDESCO, 2002, p. 36, Apud SOUZA, 2009, p.17).


4 IMPORTÂNCIA DA PARCERIA ENTRE A FAMÍLIA E A ESCOLA
Sempre ficou claro a necessidade de que haja uma parceria afinada entre família e escola, inclusive com vínculos de amizade, entre pais e professores, para que os resultados educativos dos alunos sejam melhores e mais intensos. Assim a importância de que as duas instituições estejam em comum acordo e com objetivos e metas iguais, e voltados para o bem das crianças.
Quanto a isto Chraim (2009, p.10), diz que:
Caso esse dois elementos, Família e Escola, não assumam as rédeas da boa educação, as portas das oportunidades irão se fechando, transformando a falta de educação em uma grande barreira para a ascensão social, elevando as gerações à condição de desamparados socialmente. (CHRAIM, 2009, p.10, apud SILVA, 2012, p. 15).


Isto deve acontecer por que família e escola querem o bem das crianças, querem que tenham sucesso e sejam pessoas preparadas e de bem na sociedade, como afirma Parolim (2003, p.99):
[...] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p. 99, Apud SOUZA, 2009, p.19).

Mesmo a família e a escola tendo os mesmos objetivos quanto ao futuro das crianças, sabemos que cada uma tem sua própria forma de pensar e de ver o mundo, elas são duas instituições diferentes, e seguem caminhos diferentes, sendo assim também tem técnicas individuais para trabalhar a educação das crianças, porém precisam se entender e traçar metas e metodologias comuns para que sejam atingidos com eficiência.
Tiba (1996, p. 111), diz que:

Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam. (TIBA, 1996, p. 111, apud REIS, 2010, p. 17).

Certamente todos estão certos quanto as afirmações sobre a função de cada um, porém concordamos com Tiba, quando diz que a família tem a responsabilidade de pela formação e a escola pela informação dos indivíduos. E certamente um não deve tomar o lugar do outro, visto que devem ser respeitados os limites e as individualidades tanto da escola, quanto da família.
É preciso que esta relação aconteça de forma afetiva e saudável, sem um culpar o outro por erros ou fracassos, mas sabendo que todos são responsáveis, como diz Piaget (2007, p. 50):
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades [...] (PIAGET, 2007, p.50, Apud SOUZA, 2009, p. 6).

Percebe-se o quanto a relação da família com a escola é importante, o quanto devem entrar em acordo quanto ao que é melhor para as crianças, devendo esquecer umas suas peculiaridades, e pensando apenas nas necessidades e anseios de quem deveria ser o centro de suas preocupações que são as crianças e adolescentes.


6 COMO ESTÁ A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA ESCOLA
Sabemos que as famílias hoje estão em sua maioria desestruturadas e sem bases sólidas. Os pais estão cansados, a maioria trabalha fora o dia todo, ou pelo menos um horário, estão exaustos da pressão do cotidiano, do trabalho, da família e etc. e esquecem suas responsabilidades até com os próprios filhos, no que tange a questão educativa escolar.
Na realidade das famílias da escola são funcionários de empresa privada ou são autônomos, e quando chegam em casa querem deitar e descansar do dia atribulado, nem preocupando –se se quer em perguntar ao filho como foi na escola, quanto mais olhar seu caderno ou ajudar em trabalhos. Além desse problema temos ainda os pais que mesmo querendo ajudar não podem, pois não possuem conhecimento suficiente para isto.
7 O QUE FAZER PARA ENVOLVER OS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
A escola pode procura proporcionar situações e momentos que possam ser atrativos aos pais e comunidade, como confraternizações, comemorações, eventos, projetos que envolvam e estimulem a participação de todos na vida das crianças, gincanas, feiras e de uma maneira mais direcionada só aos pais realiza reuniões bimestrais, palestras e outras situações as quais os convidados especiais são pais e mães ou responsáveis pelos alunos.
Sendo assim percebe-se que algumas ações devem ser tomadas pelos pais para que a parceria com a escola seja efetiva:
• Ir as reuniões escolares;
• Participar das atividades extras da escola;
• Fazer amizade com os professores, gestores e coordenadores escolares;
• Conhecer as ações da escola e ajudar os filhos nas tarefas escolares;
• Sempre ir na escola para perguntar como seu filho está se comportando;
• Deixar sempre claro para os professores que está disposto a ajudar e quer ajuda-lo no que for preciso;
A escola também pode tomar algumas atitudes simples para garantir e melhorar essa parceria:
• Procurar conhecer os pais de seus alunos;
• Reunir todos no início do ano letivo para apresentar aos pais toda a equipe;
• Deixar claro para a família quais são os projetos e metas da escola quanto a educação de seus filhos;
• Reunir com pais para debater as dificuldades que seus filhos estão tendo e como estes poderiam ajudar;
• Marcar as reuniões sempre em horários que sejam convenientes aos pais, pensando no seu cotidiano;
• Incentivar os pais a participar dos grupos escolares e do conselho escolar;
• Sempre informar aos pais como está o desempenho dos filhos;
• Sempre reunir com os pais para parabenizar as boas ações de seus filhos e seus avanços;
• Sempre que a comunidade precisar emprestar a escola para realização de eventos comunitários;
• Sempre realizar palestras e debates com os pais;
• Sempre que possível visitar as famílias dos alunos;
Ou seja, tanto a escola quanto família podem agir para facilitar essa relação, de forma a trabalhar juntos pensando nos alunos.
Porém, o que acontece é que muitas vezes a escola só chama os pais para reclamar, ou repreender a atitude do filho, tornando essa visita sempre desagradável. Por outro lado, os pais só aparecem na escola quando são chamados, não tem iniciativa de por si só oferecer sua ajuda.
Então o que deve acontecer é a escola começar a chamar os pais para participar da construção do saber de seu filho, e a família ver a escola como segunda família de seu filho, tomando consciência que está só quer o bem dele.
Como disse Freire:
Não devemos chamar o povo a escola para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições, mas para participar coletivamente da construção de um saber, que vai além do saber de pura experiência feito, que leve em conta as suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe transformar-se em sujeito de sua própria história. (FREIRE 1991, p. 16, Apud SCHRAM e CARVALHO, p.11).

Daí a necessidade de que as duas instituições percebam que querem o mesmo para a criança, que é seu bem-estar e que este se torne um sujeito capaz de agir para o seu próprio bem, e que parem de cada uma trabalhar sozinha, pois assim o resultado é desastroso.


8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nesta realidade e sabendo que nas famílias existem conflitos internos, é que a escola deve proporcionar um ambiente de reflexão, onde os pais também tomem consciência de onde precisam estar mais presentes.
Sabemos que muitas das vezes as crianças passam por problemas que a escola detecta e que a família nem imagina, isto por que na escola eles tem relações de amizades que em casa muitas vezes não existe. Por isto é importante que haja essa comunicação entre família e escola.
É consenso que a participação ativa dos pais na escola, melhora significativamente o processo de ensino e aprendizagem das crianças, dando-os segurança e confiança como filhos.
Assim finalizamos dizendo que os resultados na vida da criança só tendem a ser positivos quando família e escola trabalham juntas, resultando em ajuda mútua, em todos os momentos como nas preocupações, nos problemas e conflitos próprios desta idade, na rebeldia, nas más influencias, enfim em todas as situações cotidianas das crianças, que passa a sentir que pode contar com essas entidades com segurança.
















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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• BRASIL, Estatuto da Criança e do adolescente. 1990. Disponível em: http: google.com.br.
• FERREIRA, Juliana Martins. TAVARES, Helenice Maria. Bulling no ambiente escolar. 11 f. Artigo (graduação) – Pedagogia, Faculdade Católica de Uberlandia. SP. 2009.
• FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996.
• FULGÊNCIO, Jaqueline Maria Pereira. NASCIMENTO, Priscila de Souza. MARTINAZZO, Lúcia Baroni. A importância da família no processo de aprendizagem da criança. 6f. Artigo, CUMSB, Rio de Janeiro, 2010.
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• PILETTI, Claudino. Didática geral. São Paulo: editora ática, 2001.
• REIS, Liliani Pereira da Costa dos. A participação da família no contexto escolar. 62f. Monografia (graduação) – Pedagogia, Universidade do Estado da Bahia – UNEB – Salvador, 2010.
• RODRIGUES, William Costa. Metodologia Científica. 20f. FAETEC/IST, 2007.
• SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico Critica: primeiras aproximações. 5a ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1995.
• SCHRAM, Sandra Cristina. CARVALHO, Marco Antônio Batista. O pensar Educação em Paulo Freire: para uma pedagogia de mudanças. 21f. Artigo (especialização) – psicopedagogia – UNIOESTE.
• SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA. Um olhar sobre a escola. Brasília: Ministério da educação, Seed, 2000.
• SILVA, Áurea Pereira. AGUIAR, Daniela Fernandes de. XAVIER, Daniela Lisboa. OLIVEIRA, Eriene Nunes. NOVASCO, Elin Mary de lima. A influência da família no processo de ensino-aprendizagem. 92f. Projeto (graduação), Faculdade de Ciências e Educação – FACE, Brasília, 2005.
• SILVA, Flávia Silveira da. A importância da família para o processo da aprendizagem escolar. 41f. Monografia (especialização) – Orientação educacional e Pedagogia, Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, 2012.
• SOUZA, Maria Ester do Prado. Família/ Escola: a importância dessa relação no desempenho escolar. 25f. Artigo (programa) – Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2009.
• WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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